Fala, galera! 👋
Quando comecei a estudar AWS, lembro de como era comum ouvir a pergunta de clientes, colegas e seguidores:
“Douglas, qual serviço eu uso pra rodar minha aplicação na AWS? Parece que tem um monte que faz a mesma coisa…”
E, sinceramente? Eu concordava. No começo parece que tudo se sobrepõe, que tem produto demais pra resolver o mesmo problema. Mas hoje, depois de muitos anos lidando com ambientes reais e ajudando empresas a escalar com qualidade, entendo perfeitamente esse quebra-cabeça. Na verdade, acho que não teria como ser diferente.
Já falei isso algumas vezes na CAD, mas vale repetir aqui: não existe “t-shirt fits all” quando falamos de cloud. A nuvem entrega várias peças de um LEGO. E a solução final é você quem monta. O que parecia confuso é, na verdade, uma vantagem competitiva.
Eu sei, às vezes tudo que a gente queria era um cardápio com UMA opção fácil. Inclusive, tem uma hamburgueria em Indaiatuba-SP que eu amo justamente por isso: só tem um lanche — sem decisão, sem erro. haha
Mas quando falamos de tecnologia, não dá pra seguir esse modelo. Porque no fim, não é sobre rodar uma aplicação ou simplesmente matar a fome. É sobre atender um objetivo de negócio que é completamente dinâmico, podendo ser resiliência, escalabilidade, custo, time to market e muito mais. A pergunta certa não é “qual serviço usar?”, mas sim:
“Que problema eu estou tentando resolver?”
E mais: “qual a maturidade da equipe?”, “qual o budget?”, “qual o tempo pra entrega?”, “qual a previsão de crescimento da carga?”…
O cliente final não liga se você usou EC2, EKS ou Lambda. Ele quer um sistema estável, rápido e disponÃvel. Ponto.
Hoje quero te mostrar 7 formas diferentes de rodar sua aplicação na AWS, com exemplos reais de onde cada uma pode fazer mais sentido:
1. Amazon EC2
A opção mais conhecida e direta: criar uma máquina virtual e instalar sua aplicação ali.
Casos de uso:
- Sistemas legados que precisam de acesso root, instalações customizadas, ou softwares que não foram feitos pra cloud.
- Empresas que estão migrando para nuvem e querem começar com uma abordagem mais conservadora.
- Casos simples, geralmente essa opção oferece o melhor custo e exige menos conhecimento da equipe.
2. ECS (com EC2 ou Fargate)
Orquestrador de containers da própria AWS. Pode ser com infraestrutura gerenciada por você (EC2) ou totalmente gerenciada (Fargate).
Casos de uso:
- Aplicações containerizadas que não precisam de toda a complexidade do Kubernetes.
- Times menores que querem aproveitar containers mas com menos sobrecarga operacional.
3. EKS (com EC2 ou Fargate)
Quer Kubernetes gerenciado? O EKS é a opção. Traz o poder (e a complexidade) do K8s para quem precisa.
Casos de uso:
- Equipes com experiência em Kubernetes que já possuem pipelines e ferramentas baseadas nesse ecossistema.
- Produtos SaaS que precisam de portabilidade entre nuvens ou ambientes.
4. Lambda + API Gateway (Serverless)
Execução sob demanda, escalável, com billing por uso real.
Casos de uso:
- Aplicativos com tráfego intermitente ou workloads event-driven.
- Sistemas que precisam escalar de forma automática, sem gestão de infraestrutura.
- Baixo overhead cognitivo (Ai ai ai… quero muito acreditar nisso, vou ter que fazer um outro newsletter sobre o que acho de serverless haha)
5. Elastic Beanstalk
Plataforma de deploy simplificada. Aponta o código e ele provisiona o resto.
Casos de uso:
- Pequenos times de devs que querem fazer deploy de apps sem se preocupar com infraestrutura.
- Startups que estão saindo do Heroku e querem uma opção “mãos livres” na AWS.
6. AWS Lightsail
Versão simplificada da AWS para pequenos workloads.
Casos de uso:
- Sites institucionais, blogs em WordPress, apps de baixo tráfego.
- Profissionais autônomos que precisam de uma hospedagem simples e previsÃvel.
7. App Runner
Serviço voltado pra subir contêiner direto do repositório. CI/CD, deploy e escalabilidade automática.
Casos de uso:
- Microserviços que precisam escalar com facilidade mas com baixa complexidade de setup.
- Equipes que querem um “Heroku” nativo da AWS para apps em contêiner.
Conclusão:
Apesar de tudo começar com tecnologia, a grande virada de chave vem quando você entende o negócio.
Essas 7 opções que citei aqui são algumas das mais usadas, mas a decisão certa depende da necessidade, da maturidade e do contexto.
Na minha jornada, a parte técnica sempre foi a mais fácil. O desafio foi entender que arquitetura não é sobre ferramentas — é sobre solução de problemas reais.
Se você quer aprender exatamente como fazer isso, vem com a gente na Comunidade de Arquitetura Descomplicada (CaD): https://mugnos-it.com/cad/
Abraços e até a próxima! 🚀