Criando APIs Públicas com Qualidade e Resiliência

Se tem uma pergunta que aparece direto em entrevistas de arquitetura (e também nas trilhas de de devs e engenheiros) é:

“Como você criaria uma API pública?”

Quem já ouviu essa sabe: a pergunta parece simples, mas é uma armadilha clássica. Porque a resposta não tá no framework que você escolhe, nem no “eu faria com REST e um Swagger bonitinho”. O que quem pergunta realmente quer entender é: você sabe o que acontece quando sua API é exposta pro mundo?

E mais: você sabe proteger, escalar, observar e evoluir essa API com segurança?

Esses dias, ouvi o relato de uma equipe que passou por isso na pele. A API estava redondinha nos testes internos — mas no dia em que virou pública, tudo desandou: Timeouts, tráfego inesperado, dados inconsistentes, até ataque DDoS.

O motivo? Ela não foi pensada para ser pública.Só foi “colocada pra fora”, como se isso bastasse.

Mas o que muda, afinal?

APIs públicas estão fora do que podemos controlar, fora da nossa “bolha”. Elas lidam com clientes, parceiros, sistemas externos — gente que você não controla, e que pode usar a API de jeitos que você nem imaginou. E aí, qualquer falha, instabilidade ou brecha de segurança ganha outra escala.

Mais do que uma funcionalidade, API pública é um produto e como todo produto, ela precisa ser projetada com critério técnico, visão de negócio e estratégia de longo prazo.

E o que você precisa saber se te perguntarem algo ?

Aqui estão alguns dos pontos que você deve considerar quando esta criando, projetando, ajudando, discutindo,conversando.. sobre APIs, principalmente públicas!

  • Escolha da solução de API: Nem tudo deve ser responsabilidade do seu microsserviço. Usar um API Gateway ajuda a centralizar autenticação, validação de contrato, caching e proteção de borda.
  • Escalabilidade: Soluções públicas recebem tráfego imprevisível. Gerenciado escala melhor, mas precisa aquecer. E nem tudo escala instantaneamente.
  • Autenticação & Autorização: JWT, OAuth, API Keys… não importa o método, mas importa que exista um. Segurança é ponto inegociável em APIs abertas.
  • Rate limiting e quotas: Se um cliente desavisado (ou malicioso) fizer 10 mil requisições por segundo, o que acontece? Rate limit, throttling e quotas existem pra proteger você… de todos.
  • Versionamento e deployment: API pública é multi-tenant. Você não pode quebrar contrato. Versões bem geridas + estratégia de rollout (blue/green, canary) evitam desastres.
  • Redução de impacto: Circuit breaker, retry com backoff, timeout bem ajustado. Tudo isso evita que um erro pontual se transforme em pane geral.
  • Observabilidade: Quem chamou? De onde? Quanto demorou? Deu erro? Quais os endpoints mais usados? Monitorar uma API pública é questão de sobrevivência.
  • Métricas de saturação: Tempo de resposta, throughput, taxa de erro… tudo isso conta a saúde real da sua API. Não monitore só uptime.
  • Application Firewall: Bots, scrapers e scans automáticos são o “tráfego de fundo” da internet. Um WAF bem configurado protege sua API antes mesmo dela ser tocada.

Em resumo

Criar uma API pública não é sobre abrir um endpoint.

É sobre controlar o que entra, o que sai, e como sua infraestrutura lida com isso.

É sobre cuidar da experiência de quem consome a API — e proteger quem mantém ela de pé.

Seja na entrevista ou no dia a dia, quem domina esses pontos demonstra visão sistêmica, maturidade técnica e foco em resiliência.

Quer se aprofundar mais? Se esse tipo de conteúdo faz sentido pra você, vem com a gente!! não deixe de nos seguir no Instagram e acompanhar nosso trabalho!

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