Quando tudo muda, quem se adapta entrega mais!
Dias atrás, tive uma conversa daquelas que começam despretensiosas, mas acabam mexendo com o jeito que você olha para o mercado.
Alguém lançou a clássica dúvida:
“Generalista ou especialista? Quem entrega mais hoje?”
A discussão esquentou. Teve quem defendeu que sem um especialista o sistema quebra, teve quem argumentou que o generalista é quem realmente entende o todo. Mas o que me pegou mesmo foi quando puxaram o exemplo de redes.
Já percebeu que dá pra criar sistemas escaláveis, globais e resilientes sem saber quase nada de redes? Coisa que antes era impensável. Hoje, com abstrações em nuvem, você sobe ambientes complexos sem nem tocar num roteador.
Alguém ainda se especializa nisso? Sim, claro! Mas a quantidade de vagas… caiu. Significativamente…
E aí veio a pergunta que tira a noite de sono de alguns: O quanto da sua especialidade é de fato indispensável? Ou pior — o quanto dela a IA já cobre melhor do que você? (kkkkkk… não fique ofendido… eu assumo também que a IA já cobre muita coisa melhor do que eu fazia… mas felizmente ela ainda precisa de mim para dar coordenadas e ajudar a implementar produtos sem a necessidade de um especialista no assunto)
O especialista está em extinção?
Não. Mas ele está se tornando raro, não por falta de valor, mas por falta de espaço.
O mercado precisa de especialistas? Sempre vai precisar.
Mas a demanda vem mudando.
Boa parte do que era especialidade está virando feature de ferramenta. Infra, virtualização, até linguagens inteiras estão sendo abstraídas. Isso muda tudo.
Especialistas em banco Oracle, Java puro, Linux profundo…
Esses perfis continuam sendo bem pagos — mas em menos projetos, menos empresas, menos cenários.
Enquanto isso, cresce a demanda por quem sabe navegar entre os mundos, entender de infraestrutura, aplicação, arquitetura, dados, segurança… tudo isso sem precisar ser o “dono” de cada parte. O que chamamos de generalista — mas que, vamos combinar, é uma especialidade por si só.
Ser generalista com propósito
Ser generalista não é ser raso.
É ter profundidade no que importa para o negócio.
É entender o suficiente de cada peça para conectar tudo e entregar resultado.
É saber onde entra Cloud, onde cabe SRE, quando usar Kafka ou SQS, onde uma feature vai quebrar na produção — e como evitar isso antes do deploy.
Generalistas modernos são conectores de soluções, facilitadores de decisão, e — cada vez mais — os que sabem trabalhar com IA, não competir com ela.
Conclusão
O papel de quem trabalha com tecnologia está mudando. E quem não muda junto, acaba se tornando aquela pessoa que sabia tudo… de um mundo que não existe mais.
A boa notícia? Você não precisa escolher entre um e outro. Mas precisa entender o jogo.
E é sobre isso que a gente conversa todos os dias na Comunidade Arquitetura Descomplicada.
Se você quer construir uma carreira sólida em um mundo cada vez mais abstrato, automatizado e acelerado, vem com a gente.
👉 Modernize seu pensamento.
👉 Aprenda a arquitetar com propósito.
👉 Junte-se à CAD.
Abraços!